segunda-feira, 27 de junho de 2011

Trabalhando com o Meio Ambiente!

PLANEJAMENTO

TEMA: Meio Ambiente

CLIENTELA: Alunos do 1º Ano do Ensino Fundamental

PERÍODO: Uma semana

JUSTIFICATIVA:
No mês do Meio Ambiente precisamos ter um olhar especial para esse precioso bem que temos em nossa vida.
Cada pessoa pode ajudar na proteção da natureza e dos seres que vivem e fazem parte dela, com ações simples. Uma delas não criar animais silvestres em suas casas como animais de estimação.

OBJETIVOS:
Conhecer as diferentes espécies de animais que estão em extinção no nosso país.
Reconhecer a importância de preservar o meio ambiente.

PLANO DE AÇÃO:

Atividades a partir do filme:


1. Assistir ao filme, na sala de vídeo.

2. Exploração da história e dos personagens.

3. Reconstrução da história, coletivamente e registro no caderno.  

4. Pesquisa:
Os principais personagens da história são aves. Quais são suas principais características? Vamos pesquisar e depois apresentar aos colegas através de um teatro de fantoches de palitos.
Personagens:



5. Apresentação do teatro:
a. Sorteio de um personagem para cada aluno apresentar.
b. Cada aluno irá descrever seu personagem, na janelinha para fantoches.

6. A ararinha-azul, principal personagem da história é um animal silvestre da fauna brasileira em extinção. Assim como ela existem outros animais em extinção.
Vamos conhecê-los?
Então, no laboratório de informática, acessar o endereço WWW.smartkids.com.br/especiais/animais.aves.html
Assim, através dos jogos disponíveis as crianças conhecerão outros tipos de animais em extinção.

7. Para registrar esses diferentes conhecimentos construídos, postar no blog da turma as descobertas.

Impress um programa muito interessante...

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Bullying ...

Bullying: a brincadeira que pode terminar em tragédia

Kátia Carvalho Abbud *

Bullying (não há tradução para o termo) é uma das formas que a violência assume e que, muitas vezes, é vista como simples atrito, brincadeira ou desavença – “coisas de crianças” - entre crianças ou adolescentes. Acontece principalmente no âmbito escolar e é tolerado, às vezes estimulado, por uma cultura da banalização da violência ou por desconhecimento sobre o tema, e pode trazer consequências graves.

Desde a década de 60 esse tipo de violência vem sendo objeto de estudos e assume proporções cada vez maiores.

Pesquisas com alunos de escolas públicas revelam que cerca de 50% deles são vítimas de bullying e que as consequências vão desde o isolamento ou o abandono da escola pela criança ou adolescente até extremos como suicídio ou violência contra os colegas, como, por exemplo, os acontecimentos de Columbine, nos Estados Unidos, e em escolas de Taiuva (SP) e Remanso (RS), onde alunos vítimas de bullying terminaram por invadir suas próprias escolas, atirando, matando estudantes e, depois, se suicidando.

O que é bullying?

Estudos recentes têm apontado para essa forma de violência que ocorre dentro das escolas, diferenciando-a de brincadeiras próprias da idade porque implica relações desiguais de poder. Os atos de violência são intencionais e repetitivos, sem motivação evidente, praticados por um ou mais estudantes contra outro/outros, causando angústia e sofrimento.

O bullying é todo tipo de violência, como humilhar, colocar apelidos depreciativos, agredir, discriminar, excluir, tirar “sarro”, amedrontar, ofender, quebrar objetos, chutar, assediar, dominar, perseguir, difamar etc.

Como acontece com outras formas de violência, o bullying também é marcado pelo complô do silêncio: a vítima se encontra encarcerada pelo medo, pelas constantes ameaças e, muitas vezes, pelas atitudes de conivência e pelos estímulos que ela vê nos adultos que a cercam (Se apanhar na rua, apanha em casa; Foi só uma brincadeira, você não tem senso de humor; Bateu, levou!; Pedala, Robinho! etc.).

A representação do bullying acontece com alunos que são alvos/autores (ora sofrem, ora praticam o bullying), com aqueles que são só autores e com aqueles que são testemunhas (convivem num ambiente onde essa violência é aceita).

Os autores de bullying são pessoas de pouca empatia e vêm de ambientes onde a violência é uma forma frequente de resolução de conflitos. Agem no binômio mando-obedece pela força e pela agressão, repetindo um comportamento que lhes foi ensinado. Têm grande probabilidade de desenvolver comportamentos antissociais e atitudes delinquentes.

Os alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as consequências dos comportamentos de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessarem os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa autoestima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos ante seu sofrimento. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar e resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com frequência ou abandonam os estudos. Há jovens que, em extrema depressão, acabam tentando ou cometendo o suicídio.

O avanço tecnológico trouxe outra modalidade dessa violência, que chega também por meios virtuais: o cyberbullying ou ciberbullying, cujo efeito multiplicador tem preocupado pais e educadores. A utilização da internet e de outras tecnologias tem servido para maltratar, humilhar e constranger de forma perversa e ultrapassa os muros da escola. Acontece através de e-mails, torpedos, blogs, Orkut, MSN e outros, nos quais o autor adota nicknames (apelidos) e dissemina rumores, fotos, boatos sobre as vítimas, seus familiares e professores. Os alvos do cyberbullying podem ser quaisquer pessoas, não havendo motivos claros que justifiquem os ataques. Nos casos de cyberbullying, as consequências são as mesmas, com o agravante de que o sentimento de impotência é maior, porque o autor dessa violência se esconde no mundo virtual para desferir seus golpes.

Diante dessas modalidades de violência, temos de refletir sobre nosso papel de educadores e repensar estrategicamente formas de enfrentamento do fenômeno, de modo a garantir e assegurar a proteção da qual somos todos devedores a crianças e adolescentes, sejam eles nossos filhos ou alunos.

Há caminhos a seguir: um deles é quebrar o complô do silêncio, proceder a notificações dessas violências, organizar e implementar ações nas quais a cultura da paz seja mediadora eficaz e eficiente das relações interpessoais que devem construir processos civilizatórios embasados em valores de cidadania.


* Assistente social e pedagoga graduada em Violência Doméstica
Kátia Abbud (Ribeirão Preto – SP)

Vamos deixar nossas crianças brincar!!!

A importância do brincar

Volte um pouco no tempo. Tente buscar em seu baú de recordações alguma lembrança de sua infância. Aposto que você já está sorrindo ao lembrar-se de uma cantiga de roda, de uma história contada ao pé do ouvido pela sua mãe, de um abraço apertado de sua professora, do dia em que escalou uma árvore, da sua coleção de figurinhas, da descoberta de poder construir seus brinquedos, do pião rodando, rodando, da amarelinha desenhada na areia, de uma brincadeira na hora do recreio que você brincava repetidas vezes com o mesmo encantamento e prazer.
Mas e agora, adulto?
Quando nos permitimos abrir nosso baú da infância para relembrarmos momentos como esses, temos a oportunidade de compreender a importância que o ato de brincar tem na vida de uma criança. Se você dedicar alguns segundos do seu tempo para observar uma criança brincando, verá que ela transforma um cabo de vassoura em um cavalinho, uma tampa de panela em volante de carro, uma caixa de papelão em um lindo foguete, inventa personagens, cria histórias, transforma-se, ela brinca e vive intensamente tudo isso, com um brilho tão intenso no olhar que nada interfere nesse momento de descoberta e aprendizagem.
Dessa forma, é difícil pensar em criança e não se lembrar de brincadeiras, jogos, histórias, poesias, música, faz de conta. Por isso, o tempo que uma criança permanece em uma instituição de educação, seja formal ou informal, deve ser um momento desafiador, significativo, prazeroso, de trocas e descobertas do conhecimento, e isso é possível por meio de uma metodologia lúdica.
Muito se tem falado, discutido e pesquisado sobre o brincar, mas ainda não estão totalmente esgotadas as discussões e explicações sobre seu valor, pois ainda não foi interiorizado pelos educadores em suas propostas de trabalho como recurso pedagógico.

O uso do lúdico na educação prevê principalmente a utilização de metodologias agradáveis e adequadas às crianças, que façam com que o aprendizado aconteça dentro do seu mundo, das coisas que lhe são importantes e naturais de se fazer, que respeitam as características próprias das crianças, seus interesses e esquemas de raciocínio próprio (DOHME, apud Schultz, Muller e Domingues, 2006:4).

Como coloca Dohme, ao utilizarmos um jogo, uma brincadeira, como recurso pedagógico, permitimos que a criança participe da sua aprendizagem, transformando o momento de aprender em um exercício de descoberta, de pesquisa, de reflexão, de troca de experiências, de diálogos e de novas ideias sobre como o aprender pode e deve ser um momento agradável. Portanto, é preciso garantir que a criança, além de casa, comida, carinho, tenha também garantido o direito de brincar.
Um dos direitos descritos na Declaração Universal dos Direitos da Criança (aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas em 1959), no artigo 7º, ao lado do direito à educação, enfatiza o direito ao brincar. “Toda criança terá direito a brincar e a divertir-se, cabendo à sociedade e às autoridades públicas garantir a ela o exercício pleno desse direito.” Mas o que temos visto são crianças sentadas nas cadeiras enfileiradas, onde o corpo permanece imobilizado, sendo apenas objeto de manipulação dos educadores. A magia do brincar se restringe apenas à hora do recreio, pois ainda existe certa dificuldade do adulto em entender a importância do lúdico, como se as brincadeiras e os jogos devessem ocupar apenas o lado de fora da sala.

Segundo Vygotsky, o jogo nos acompanha como um recurso que constrói a zona de desenvolvimento proximal. Muitas vezes, as crianças conseguem fazer algo ou resolver um problema numa situação de jogo e não conseguem fazê-lo em situações da realidade ou aprendizagem formal (BARBOSA, 1999:69).

Sendo assim, fica claro que o jogo permite à criança buscar soluções além da sua maturidade para os problemas apresentados, e isso ela consegue por meio da imitação e das regras apresentadas nos jogos e brincadeiras, facilitando assim o desenvolvimento da aprendizagem.
Além, é claro, de trabalhar o desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e a autoexpressão, isto é, o desenvolvimento psíquico e físico da criança. Pois a criança, ao ir para as instituições de ensino – formal e informal -, não deixa em casa o seu corpo. Às vezes, esquecemos que a criança não é apenas cérebro, mas também corpo, e que os dois precisam ser estimulados e respeitados.

Através do faz de conta as crianças podem também reviver situações que lhes causam excitação, alegria, medo, tristeza, raiva ou ansiedade. Elas podem, nesse jogo mágico, expressar e trabalhar as fortes emoções, muitas vezes difíceis de suportar. É a partir de suas ações nas brincadeiras que elas exploram as diferentes representações que têm dessas situações difíceis. Assim, podem melhor compreendê-las ou reorganizá-las (CRAIDY e KAERCHER, 2001:106).

Desse modo, quando a criança brinca, muitas coisas acontecem, pois ela mergulha no mundo mágico da infância, onde tem o poder de revelar suas visões de mundo, suas descobertas, seus encantamentos, sua alegria, além, é claro, de compartilhar ideias e sentimentos, pelo simples prazer e vontade de experimentar. Brincando, as crianças recriam o mundo, não para mudá-lo, mas simplesmente para compreendê-lo. Descobrem quais são seus limites, suas potencialidades, exercitando a autonomia e a identidade, pois terão que analisar as situações apresentadas nos jogos e nas brincadeiras e fazer as escolhas. Através do brincar a criança tem mais espaço para a vida afetiva e maior possibilidade de desenvolver sua capacidade de concentrar sua atenção, ao mesmo tempo em que nutre sua vida interior. A criança explora seus sentimentos, tenta compreender o desconhecido, por isso ela precisa brincar para se sentir segura.
Mas cabe ao educador explorar, orientar a construção do conhecimento, dando oportunidade à criança de expressar suas múltiplas linguagens. É preciso, porém, primeiramente acreditar e entender que o processo de ensino-aprendizagem é um processo de comunicação, e, sendo o brincar uma atividade que faz parte da vida do ser humano, devemos usar o lúdico como ferramenta para a transmissão dos conteúdos, interligando o aprender e o brincar como momentos de alegria, participação e cumplicidade entre o educador e a criança.

A ciência descobriu agora que o desenvolvimento do cérebro se dá através das experiências que a criança faz no brincar. É aí que ela desenvolve as sinapses necessárias para, na escola, aprender a ler, escrever, calcular (FRIEDMANN, 2005:9).

Isso comprova que, quando paralisamos o movimento do corpo, também estamos paralisando o desenvolvimento do cérebro. Pois, por meio dos jogos, das brincadeiras, a criança experimenta situações que vão desenvolver a habilidade de prestar atenção, a capacidade de concentração, o desenvolvimento das coordenações motoras, além de mexer com as emoções interiores, os limites, a responsabilidade e o respeito mútuo.
Através do brincar, a criança explora seus sentimentos, tenta compreender o desconhecido. Quando brinca, está construindo seu mundo interior, e quando crescer conseguirá saciar sua sede de emoções. Quando brinca, seu conhecimento sobre o mundo se amplia, uma vez que ela pode se colocar no lugar do adulto.

A criança constrói conhecimentos ao interagir com objetos, pessoas, situações e acontecimentos, enfim, com o mundo e no mundo que a cerca, e o jogo e a brincadeira são formas privilegiadas de ela estabelecer interações (NICOLAU e DIAS, 2007:29).

Diante deste contexto, considerando a criança como um ser histórico e social, devemos olhar para o lúdico como um precioso recurso, deixando, assim, a aprendizagem mais interessante e significativa, pois o brincar faz parte do mundo infantil, sendo uma atividade que é levada a sério pelas crianças, em qualquer parte do mundo. No jogo, a criança tem a oportunidade de interagir consigo mesma e com o outro, desenvolvendo e criando novas formas de aprender. Cabe a cada um de nós romper com alguns paradigmas da infância, permitindo e favorecendo o brincar como possibilidade de a criança entender e vivenciar o mundo que a rodeia, por meio do seu olhar.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em qualquer parte do mundo, o brincar sempre será um momento muito importante para a criança, será a oportunidade que terá para crescer, conhecer o mundo do adulto, desenvolver sua fantasia, imaginação, criatividade, explorar seus sentimentos, desenvolver sua capacidade de concentração e atenção e nutrir sua vida interior. Ou seja, trabalhar o que tem de mais sério, de mais necessário, de mais vital: o crescimento e o desenvolvimento da vida.
Dessa forma, as brincadeiras e os jogos devem ser pensados e preparados para estimular a criança a brincar, convidando-a a explorar, a sentir, a experimentar, a viver!
Pois brincar é coisa séria, é desenvolver um pensar vivo, criativo, é ter alegria e poder dialogar com a vida de forma livre. É como uma viagem de trem, na qual você terá a oportunidade de sentir a brisa tocando seu rosto, sentir o aroma do perfume das flores, sentir o coração bater mais forte, lembrando-se do seu sorriso de criança, das cantigas de roda, dos momentos de brincadeiras, das histórias ouvidas e compartilhadas.
Para finalizar, deixo expressas estas palavras da educadora Renata Meirelles, idealizadora do Projeto BIRA – Brincadeiras Infantis da Região Amazônica, que tive o privilégio de conhecer e de cujas muitas brincadeiras pude compartilhar. “Dizem que para dominar um assunto é preciso vivê-lo. Porém, em relação à brincadeira, não significa que o fato de todo educador já ter sido criança um dia, e já ter brincado como criança, garanta a ele o domínio e a profundidade necessária neste assunto. A brincadeira tem uma linguagem própria, e é preciso estar constantemente ‘falando-a’ para que se apurem os sentidos na compreensão do que de fato é brincar.”



BIBLIOGRAFIA

AFLALO, Cecília. Significados do brincar. http://www.escolaoficinaludica.com.br/atuaçcoes/index.htm. Acesso: 20 de maio de 2008.
BARBOSA, Laura Monte Serrat. Projeto de trabalho: Uma forma de atuação psicopedagógica. Curitiba: Mont, 1999.
CRAIDY, Carmem e KAERCHER, Gládis. Educação infantil: Pra que te quero?. Porto Alegre: Artmed, 2001.
DOHME, Vânia. Jogando: o valor educacional dos jogos. São Paulo: Informal, 2003.
FRIEDMANN, Adriana. Aliança pela infância: brincar. São Paulo, 2005.
MEIRELLES, Renata. Quando eu crescer quero me tornar criança. http://www.aliancapelainfancia.org.br/biblioteca/textos/detalhe.asp?nt=29. Acesso: 30 de maio de 2008.
NICOLAU, Marieta Lúcia Machado e DIAS, Marina Célia Moraes. Oficinas de sonho e realidade na formação do educador da infância. Campinas, SP: Papirus, 2003.
SALES, Flávia. O papel das atividades lúdicas no processo de desenvolvimento e aprendizagem. http://pedagogia.brasilescola.com/trabalho-docente/o-papel-das-atividades-ludicas-no-processo-desenvolvimento-.htm. Acesso: 20 de maio de 2008.
SCHULTZ, Elis Simone, MÜLLER, Cristiane e DOMINGUES, Cilce Agne. A ludicidade e suas contribuições na escola, 2006.
WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. São Paulo: Cortez, 2001.
Catarina Rosália Silva (São Paulo – SP)